Maria Monteiro

Maria Monteiro

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Como os meninos enxergam suas mães

O que a mãe representa para seu filho? 
Ela é o centro de seu universo, tudo gravita em torno dela. 
Ela é o seu apoio e aconchego e ele a ama mais que tudo
A figura da mãe, importante em todas as linhas de pensamento psicanalítico é, sem dúvida, a figura crucial do processo de humanização [do filho]. E é indiscutível que a criança cria o mundo a partir de sua relação com a mãe, sendo fruto de projeções e identificações.

Os meninos têm uma relação calorosa com a mãe. Os filhos homens são carinhosos e querem estar perto dela e protegê-la. É um comportamento natural. Para eles, somos as mulheres mais lindas, mais perfeitas e mais corretas do mundo! Os nossos defeitos são praticamente invisíveis. Nos protegerão com todas as forças, sempre que precisarmos! Acreditam em tudo que dizemos.

• O relacionamento entre uma mãe e seu filho

O pai representa o lado aventureiro, brincalhão, viril, com a possibilidade de brincadeiras mais arriscadas e de maior impacto físico. A figura paterna representa o afastamento do mundo materno, do conforto e segurança que o seio materno proporciona, dando ao menino equilíbrio e autonomia para crescer e amadurecer.

Ao passo que a mãe representa para o filho, o bem, a previdência, a lei, em uma palavra, a Divindade em uma forma acessível à infância. (Henry Fredéric Amiel)

O equilíbrio na relação mãe e filho é fundamental para o crescimento e desenvolvimento normal da personalidade da criança. O menino precisa sentir que é aceito e amado incondicionalmente, que pode se aproximar e buscar proteção a qualquer momento e será bem acolhido. Negar esse acolhimento é afastar irremediavelmente o filho de si. A mágoa adquirida na infância molda o caráter; os maus-tratos físicos e/ou psicológicos vindos da pessoa que o menino mais ama e confia, frustra, castra e o faz sentir que o mundo é hostil e ele deve responder à altura, com violência e autodefesa.

O que os filhos esperam de suas mães?

• Amor: Diga a seu filho o quanto você o ama, deixe isso bem claro e demonstre por seus gestos de aceitação e acolhimento incondicional. Assim ele refletirá esse amor a você e aos outros.

• Ensino: Ele quer e precisa ser ensinado. Ensine-o a fazer o bem, a diferença entre o certo e o errado, a ser autossuficiente, independente e capaz de realizar.

• Experimentar: Não ensine tudo, não mostre todos os caminhos. Instrua-o, dê-lhe bons exemplos e deixe-o experimentar por si e aprender à sua maneira.

• Correção amorosa: Dê a ele espaço para errar, corrija seus erros com firmeza, mas com bondade. Ele está aprendendo, é tempo de errar. A correção irritante ou humilhante produz efeito contrário.

• Limites: Se seu filho não tiver limites, ele não terá disciplina. Sentir-se-á sem confiança. Consequentemente terá dificuldades de realização e cumprimento de tarefas. Por outro lado, se seu filho sentir que você não pode controlar seu comportamento inadequado, ele pode sentir ser mais forte que você e tentará manipulá-la.

• Realidade: Seja direta e realista com seu filho. Não crie ilusões para que sejam destruídas mais tarde. Seja honesta, não tente ser infalível, não tente fazer tudo por ele. Seja você mesma e dê a ele o mesmo espaço de ser quem ele é. Não lhe dê tudo o que ele deseja. Não cubra seus erros. Deixe-o aprender que existem consequências.

• Contato físico: Abrace e beije seu filho, olhe em seus olhos, sorria para ele, brinque com ele. Deixe-o procurar sua mão quando precisar de apoio, deixe-o encontrar seus olhos de aprovação quando se sentir inseguro. Deixe que encontre seus braços quando estiver feliz ou precisar chorar.
E toda mulher que se torna mãe, seja de seus próprios filhos ou filhos gerados por outra, descobre que o filho que depende do seu amor e da segurança que ela transmite, é o melhor presente que Deus lhe deu.

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